quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Projeto Heroes versus Crack conquista 2º lugar em todo o Brasil no prêmio Educadores Inovadores, da Microsoft

04/08/2010 (20h)-
"Excepcional e transformador". Dessa forma o diretor de Educaçao da Microsoft Emilio Munaro definiu, na noite de hoje, o projeto Heroes versus Crack, que conquistou ha pouco o 2º lugar no prêmio Educadores Inovadores, promovido pela empresa mundial de computadores em todo o Brasil e que envolveu 1056 concorrentes de todos os estados. O projeto desenvolvido pelos professores Rômulo Decussati e Rosmeri Marmitt, da escola municipal do Centro de Educaçao Integrada (CEI) encantou a comissao julgadora formada por seis juizes e foi classificado por Munaro como inovador por envolver diversos agentes em sua execução. "Nos chamou a atenção o fato de ser um projeto integrado entre Prefeitura e comunidade e que trata de uma problematica que merece mesmo ser tratada como vilã da sociedade", disse, referindo-se ao crack. Munaro considerou o projeto 'habilidoso em sua forma de transformar" e fez questão de garantir que irá contatar a secretaria de educação do RS para indicar o reconhecimento do projeto de Campo Bom em nivel estadual. "É uma iniciativa que precisa ser conhecida por outras escolas e cidades". Heroes Versus Crack consiste num trabalho em ingles protagonizado por alunos do CEI que, por meio de encenações teatrais, recorrem aos super-heróis para combater o vilão da história, neste caso o crack. "Estamos muito orgulhosos de nossa cidade ter conquistado essa posição num premio tao importante e abordando um assunto tao serio quanto as drogas", elogiou o prefeito Faisal Karam que recebeu ha pouco, por telefone, a noticia da premiação que foi entregue em solenidade realizada na cidade de Sao Paulo onde os professores responsaveis pelo projeto estao desde segunda-feira. Eles retornam para Campo Bom na tarde desta quinta-feira e serao recebidos com festa por alunos e professores. "Fazemos questao de prestar uma homenagem especial a eles que simbolizam o trabalho desenvolvido na secretaria de educação. A vitoria deles é a nossa vitoria pois tudo o que retrata o projeto é o que pregamos nas escolas para nossos alunos todos os dias", reitera a titular da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, Eliane dos Reis. O projeto campeao do prêmio Educadores Inovadores - denominado Campo Sustentavel - é da cidade de Vila Pavão (ES) e desenvolvido pelo Centro Estadual Integrado de Educação Rural Vila Pavão. Eles concorreram na categoria Comunidade, que teve nove finalistas.


O PROJETO


Nascido em 2009 pelas mãos dos professores de Inglês Rômulo Decussatti e Rosmeri Marmitt o projeto já envolveu mais de 250 estudantes de 7º e 8º anos do Ensino Fundamental. Os roteiros são diferentes, mas seguem uma mesma linha: abordam os problemas que podem levar alguém a consumir a droga, passando por situação desencadeadoras como desestrutura familiar e incentivo de amigos. Os heróis entram em cena auxiliando no esclarecimento e mostram o caminho certo a seguir, alertando os personagens sobre os malefícios da droga. Para encenar as esquetes os alunos contam com material que pode ser levado para casa pelos alunos e que também é publicado no blog da escola emefcei.blogspot.com. “Essa é uma forma de multiplicarmos a mensagem anticrack na nossa comunidade, pois ao mostrarem as mensagens antidrogas para pais familiares e amigos, os estudantes se transformam em agentes conscientizadores e multiplicam o combate ao usos de drogas", reforça Eliane,

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Emoção e homenagens marcam cerimônia de inauguração do novo espaço da Smec

Emoção e orgulho marcaram a solenidade de inauguração da nova estrutura da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec) no 4º pavimento do Centro Administrativo, realizada na noite de terça-feira. Cerca de 200 pessoas participaram da cerimônia em homenagem à evolução da área educacional na cidade e que se caracterizou como um marco de investimentos em infraestrutura. Para viabilizar a instalação da secretaria no local, a Administração investiu cerca de R$ 800 mil, somados a outros R$ 500 mil aplicados em reformas e melhorias na estrutura do Centro Administrativo que recebeu novo estacionamento, pintura externa, melhorias no sistema de ar condicionado e impermeabilização. Depois de 21 anos de obras e melhorias constantes, o prédio que abriga a Prefeitura está finalizado, condição destacada pelo prefeito Faisal Karam durante a cerimônia de entrega das benfeitorias.

“Nos orgulha podermos realizar investimentos desta ordem em uma área tão importante para todos nós, que é a educação”, salientou o prefeito, ressaltando todo o esforço da Administração em implantar políticas que incentivem os alunos a freqüentarem as aulas e de valorização do corpo docente. “Estamos empenhados, todos os dias, em tornar nossas escolas um local de sedução para o aluno. Investimos tanto para que o aluno de hoje seja o profissional bem preparado de amanhã. Esse é o desafio constante da Administração”, frisou, destacando que para 2010 a previsão de investimento na área de educação é de 40% do orçamento, índice bem acima dos 25% exigidos pela legislação e bem superior aos 4,1% do PIB que será investido na área pelo governo Federal.

A cerimônia de inauguração dos novos espaços do Centro Administrativo foi marcada por homenagens a cada ex-prefeito da cidade e seus respectivos secretários e secretárias de Educação, todos reconhecidos pela contribuição na área. “Temos orgulho de dizer que aqui em Campo Bom a Educação nunca foi desconstruída, pelo contrário. Viemos num processo de evolução e crescimento constante, por isso, esse momento de hoje é de todas vocês”, agradeceu a titular da Smec Eliane dos Reis, lembrando que em nível nacional, há cortes no orçamento da Educação, enquanto que em Campo Bom, o investimento para 2010 é recorde.

Em nome dos homenageados, Liane Bauer, secretaria de Educação de Campo Bom de 1983 a 1988, usou a palavra ‘encantamento’ para definir os investimentos da atual Administração. Para ela, o novo espaço destinado a Smec é uma “uma grande conquista’ coletiva, visto que cada ex-secretario e ex-funcionário da Smec contribuiu com sua parte para esse epílogo. “Somos insistentes, pois em educação é preciso ser assim”, disse.

Com a finalidade de prestar reconhecimento a todos os ex-gestores da Educação de Campo Bom, a Prefeitura implantou no 4º pavimento uma linha do tempo em forma de painel no qual constam os nomes de todos os ex-prefeitos, ex-secretários e suas principais realizações. Um vídeo sobre a trajetória da área na cidade também foi exibido na solenidade na qual todos os homenageados receberam uma placa em reconhecimento a sua contribuição e um exemplar do livro Campo Bom - Um Lugar para Ser Feliz. Um dos momentos mais emocionantes do evento veio em forma de vídeo por meio do depoimento da ex-secretária Ledy Blos Dal Ri, primeira secretaria de educação de Campo Bom (1959 a 1964). Ela lembrou das dificuldades enfrentadas pelos professores na época e emocionou a platéia ao falar da implantação da merenda escolar nas escolas do município época em que, como hoje, a alimentação fornecida pela escola era a única refeição para muitos dos alunos. “Foi um tempo difícil e de muitos desafios que enfrentamos com orgulho e com a certeza de que fizemos o nosso melhor”.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Mais de mil pais assistem ao seminário sobre paternidade e maternidade responsável


Evento realizado em duas etapas encanta espectadores pela qualidade do conteúdo relacionado a cuidados e limites na criação dos filhos

"Os pais devem aprender a amar o filho real e não aquele que foi sonhado". Esse foi um dos conselhos da psicóloga e psicoterapeuta Cristina Manfro aos pais que participaram do seminário Maternidade e Paternidade, uma Experiência de Amor, Cuidado e Responsabilidade evento em que atuou como palestrante e que foi divido em duas etapas para melhor aproveitamento pelo público. Promovidos pela Prefeitura por meio da Secretaria de Educação e Cultura, os encontros se realizaram no ginásio do CEI e reuniram mais de 1.000 pais. “A Administração Municipal tem investido cerca de 40% do orçamento do município em Educação mas, apesar de todo o esforço da Prefeitura, a participação dos pais na educação de nossos jovens continua sendo essencial”, destacou o prefeito Faisal Karam, lembrando que eventos como o promovido pela Prefeitura tem por finalidade complementar as ações desenvolvidas em sala de aula nas escolas com foco na educação com qualidade. Da mesma forma, a titular da Smec, Eliane dos Reis, destacou a importância da participação dos pais e o interesse em melhorar a relação com seus filhos. “A grande participação de vocês aqui demonstra um comprometimento que nos alegra muito e estimula para que continuemos fazendo cada vez melhor", elogiou a secretária.

Na mesma linha, a palestrante se disse 'encantada' com a participação e comportamento do público. "É um estímulo ver iniciativas como essa da Prefeitura que se preocupa em ajudar os pais a acertarem mais na educação dos filhos. Também é um privilégio falar para uma platéia tão educada e participativa, com pais atentos e comprometidos em ouvir e aprender mais, conectados com cada palavra que emitimos", elogia Cris Manfro que, entre vários ensinamentos, fez questão de aliviar a culpa que muitos pais carregam e que é ocasionada pela falta de tempo para os filhos. "Pai e mãe não perdem o valor nunca e seu papel nunca acaba, por mais velhos que sejam", ensinou ela que falou para pais de adolescentes. "Nessa fase da adolescência os pais sentem como se estivessem se divorciando dos filhos, mas isso não precisa ser assim. Os pais precisam aprender a encontrar a forma de se comunicar com eles", ensinou. Na quinta-feira, dia 20, Cris Manfro falou para pais de alunos de educação infantil ao 4º ano, ocasião em que direcionou a palestra para este público. Na quinta-feira, dia 27, ela utilizou o mesmo jeito descontraido do primeiro encontro para conversar com os pais de adolescentes. “Muitas vezes os pais se culpam por não terem uma boa relação com seus filhos e culpa é bem diferente de reflexão”, afirmou Cristina, lembrando que principalmente a adolescência, é uma fase onde os jovens estão passando por diversas mudanças físicas, emocionais e comportamentais e é importante que os pais reflitam sobre elas e sejam mais compreensivos.

A serviços gerais de atelier de calçado, Rosangela Gomes, 41 anos, assistiu à palestra do dia 27 e concordou com a importância do evento. “Meus três filhos nunca me deram problemas porque temos muito diálogo. Mas esse tipo de palestra é importante para que nós, pais, saibamos lidar com todas as mudanças que nossos filhos passam nas suas diferentes fases”, destacou ela que é mãe de duas filhas estudantes da rede municipal.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Olimpíada Interbairros integra, diverte e resgata tradições em Campo Bom


Mais de mil campo-bonenses se sentiram como se tivessem voltado ao passado por meio de um túnel do tempo divertido e lúdico e que foi proporcionado por meio da 7ª Olimpíada Interbairros, realizada pela Prefeitura no último sábado, dia 15, no Parque da Integração Arno Kunz (Parcão). O evento reuniu 13 equipes de diferentes pontos da cidade para disputar provas que mais pareciam brincadeiras, todas do tempo dos avós e que já não são mais tão populares entre os jovens de hoje: sapata, bilboquê, cinco marias, pandorga, perna de pau, arremesso de pião, corrida de carrinho de lomba e carrinho de mão, caçador, corrida do arco, corrida de saco, jogo de taco, moinho, pinica e tiro ao alvo. “A Olimpíada é mais um evento que resgata a história da cidade, pois essas brincadeiras formaram a infância de muitas pessoas que hoje fazem Campo Bom ser a cidade que é. Os jovens de hoje estão muito acostumados com jogos eletrônicos e muitos não sabem com o que seus pais e avôs se divertiam”, relembrou o prefeito Faisal Karam duranta a abertura do evento que reuniu mais de 1.300 competidores. Os jogos começaram no inicio da manhã e transcorreram durante todo o sábado, até o final da tarde quando as equipes Rio, Santa Lúcia e Bela Como Aurora receberam seus troféus, primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente.
Além das disputas por troféus e medalhas, a Olimpíada serviu como aprendizado e retomada para antigas tradições. Nos tabuleiros de moinho, o pai Ronei Figueiró, 36 anos, ensinou o filho Gabriel Andrei Figueiró, 5 anos, a brincar com o antigo jogo. “É muito divertido. Não conhecia moinho, é a primeira vez que jogo já estou gostando”, exalta Gabriel. Já seu pai, destaca o espírito de integração da Olimpíada. “Hoje em dia não temos muito tempo para conviver com as pessoas que gostamos. Esse evento acaba resgatando o espírito familiar e de amizade”, destaca Ronei. Outro admirador do moinho é Flávio Lúcio Kuhnann. Ele nem sem lembra há quantos anos se diverte e brinca com o jogo. “Aqui nós conhecemos pessoas e nos divertimos ao mesmo tempo”, afirma Kuhnann. Cerca de 59 anos mais jovem, Carla Elis Miranda, 5 anos, se concentrava no tiro ao alvo. “Eu jogo com meus amigos e acho muito legal. Acertar a boca do palhaço é muito divertido”, afirmou a pequena jogadora.

segunda-feira, 3 de maio de 2010


O friozinho que fazia fora do Centro de Educação Integrada (CEI) na tarde da última terça-feira não atrapalhou as duas estudantes do 6º ano da escola municipal Santos Dumond, no bairro Imigrante. Eduarda, 11 anos e Milena, 12, integram uma das 15 turmas de alunos que participam do projeto Escolinha de Natação, promovido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec) e que iniciou essa semana nas piscinas térmicas do CEI. A ação integra o programa Acolher, cuja proposta é ofecere atividades aos alunos no contraturno escolar. Ao total, 230 estudantes participam do projeto destinado a alunos do 4º ao 6º ano da rede municipal de ensino, divididos em grupos de cerca de 17 alunos, para terem aulas de natação gratuitas uma vez por semana. As aulas duram cerca de 45 minutos cada e ocorrem nas segundas, das 13h às 15h15min; às terças, das 8h às 11h e das 13h às 15h15min; e às sexta-feiras, das 13h às 16h45min.

O projeto Escolinha de Natação faz parte do programa Acolher que parte da premissa de que criança que está dentro da escola praticando atividades não tem tempo de se envolver com drogas. Junto com a campanha Campo Bom Sem Crack, que realiza ações de conscientização com palestras, trabalhos em sala de aula e direcionadas também à comunidade escolar, o Acolher reúne estudantes em cerca de 50 projetos diferenciados no contraturno escolar, como xadrez, inglês, aulas de reforço, jogos das mais diversas modalidades, artes, entre muitos outros. “Promover a natação é uma forma de trazer saúde e bem estar a essas crianças, além de afastá-las de atitudes perigosas, como o uso de drogas”, destaca a titular da Smec, Eliane dos Reis.

Os alunos estão adorando a novidade. Vitor, 11 anos, aproveitou sua primeira experiência na piscina térmica do CEI. “Aqui não é frio e é bem divertido de aprender a nadar”, conta ele que, além da natação, participa de aulas de violão e teatro da Escola Arte-Educação do CEI que também são promovidas pela Smec dentro do programa Acolher. Presente na primeira aula de natação do filho Welinton, 11 anos, o mecânico de máquinas de costura, Paulo César, 34 anos, aprovou a iniciativa da Administração Municipal. “Campo Bom oferece muitas opções para manter as crianças entretidas e longe das drogas. Esse tipo de atividade é saudável para a mente e para o corpo da garotada”, avalia Moraes.

O grupo de 230 alunos que iniciou as aulas esta semana aproveitará o espaço de abril a julho, quando então um novo grupo de 230 alunos terá aulas de agosto a dezembro. Durante as aulas também será feita a triagem dos alunos que se destacarem por habilidade para terem um treino diferenciado. A ideia é prepará-los para competirem no município e na região. “A atividade física da natação melhora o condicionamento físico deles, seja daqueles que estão mais aptos para competirem, seja daqueles que apenas querem se divertir”, destaca a professora de natação Regina Hoffmeister.

Crianças botam a mão na terra em aulas práticas de ciências


As dinâmicas de educação ambiental desenvolvidas no projeto FlorAção Para a Vida, que atualmente se desenvolve no lar Bom Samaritano, foram ampliadas para as escolas municipais de ensino fundamental. Em março ocorreu a primeira aula da nova fase do projeto e que envolve alunos do 3º ano da escola Rui Barbosa. A aula ocorreu na nova sede do projeto, no bairro Metzler, onde cerca de 30 crianças aprenderam teorias e experimentaram na prática ações de reciclagem e reaproveitamento de detritos, além de técnicas sustentáveis e ecológicas. Os novos ensinamentos foram passados pela bióloga Roberta Cozer Bacca e o grande destaque foi o momento em que os alunos plantaram sementes das flores dente-de-leão e cravina, plantas que, germinadas, irão enfeitar escolas e acessos pela cidade. “Eles aprenderam o princípio da germinação, tema que coincide com a matéria que estão aprendendo nesse momento na matéria de ciências em sala de aula", conta a bióloga. Cada muda plantada pelo grupo de alunos será monitorada pelo próprio grupo que irá acompanhar seu desenvolvimento e crescimento.

A novidade de aula a céu aberto agradou as crianças. Vanessa de Castro, 9 anos, contou que costuma plantar flores em casa, com a mãe, tarefa que ficará facilitada após a aula. “Vou usar o que aprendi aqui quando for plantar em casa”, projeta a aluna. Já Júlia Weide, 11 anos, destacou a importância de utilizar práticas ecológicas e sustentáveis. “Sempre é bom cuidar da natureza, pois ela ajuda na nossa saúde”, ensinou.

O projeto Floração Para a Vida ocorre desde o ano passado com internos do Lar Bom Samaritano onde as aulas são mais práticas do que teóricas e também servem como terapia para os dependentes químicos e portadores de necessidades especiais do Lar. Tanto no Bom Samaritano quanto para os alunos da rede municipal o objetivo é o mesmo: ensinar os princípios da preservação e de carinho para com a natureza.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ações de contraturno escolar envolvem cerca de R$ 2 milhões em investimento de recursos próprios da Prefeitura


Projetos para manter alunos dentro da escola no turno contrário ao da aula ajudam a prevenir drogas e integram o programa Campo Bom Sem Crack

Hum milhão e 800 mil reais em investimento; 76 professores exclusivos que representam 13,7% da equipe da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec); 1.514 horas mensais de atividades; 49 projetos diferenciados; mais de 6.000 crianças atendidas; 26 escolas e espaços de apoio envolvidos. Os números do programa Acolher surpreendem não por envolverem uma rede de 10 mil alunos de uma cidade com cerca de 58 mil habitantes no interior do RS, mas por dizerem respeito a projetos executados no turno contrário ao da aula e focarem ações preventivas para manter o aluno dentro do ambiente escolar e longe dos apelos das drogas. O resultado do programa já pode ser observado nas próprias escolas onde houve redução de violência, da depredação, do vandalismo e até de episódios envolvendo bullyng.

Os dados do programa Acolher tornam-se um exemplo por envolverem atividades diferenciadas como informática, natação, xadrez, inglês, aulas de reforço, jogos das mais diversas modalidades (incluindo pingue-pongue, tênis e badminton), atletismo, danças (inclusive com cordas), artes (incluindo curso de pintura em tela), instrumentos musicais (entre eles flauta, violão e técnica vocal) e até plantio de horta e de flores. Em uma das escolas, até uma estação climatológica foi criada pelos alunos que se envolvem neste ofício no turno contrário ao da aula.

Todo esse investimento ganha muito mais peso quando associado ao fato de que, esse ano, a previsão de investimentos da Prefeitura em Educação é de 40%, índice muito acima dos 25% exigidos constitucionalmente e bem mais alto que os 28% investidos em 2009. Mais interessante ainda são os números quando se constata que, além dos alunos, a política educacional considera toda a comunidade escolar e, neste sentido, oferece projetos também para pais e mães de alunos que aproveitam o espaço físico dos ginásios e quadras cobertas das escolas (com exceção de uma, todas as escolas da cidade possuem quadras cobertas ou estão com esta estrutura em obras neste momento) a noite para jogar vôlei e futebol.

O programa Acolher foi projetado partindo da premissa de que criança que está dentro da escola praticando atividades não tem tempo de se envolver com drogas. Apostando nesse resultado é que a Prefeitura criou também a campanha denominada Campo Bom Sem Crack, que além do Acolher, realiza ações de conscientização com palestras, trabalhos em sala de aula e direcionados também à comunidade escolar.

Os recursos próprios aplicados no programa Acolher contribuiram para que Campo Bom desse um salto em investimento percapita em educação, que atingiu o nível de escolas privadas. O mesmo que a Prefeitura desembolsa para manter um aluno em sala de aula é o que paga, em média, um pai pela mensalidade em uma escola privada: R$ 442,00. O diferencial é que na rede campo-bonense o aluno tem acesso irrestrito ao programa Acolher.

Alguns números:

Para manter os salários dos 76 professores envolvidos no Acolher a Prefeitura deve desembolsar cerca de R$ 1 milhão (considerando o piso mínimo da categoria e a carga horária mínima, que é de 20 horas)

Só em aquisição de material, manutenção e infraestrutura para execução dos projetos o investimento é de cerca de R$ 800 mil

76 professores exclusivos para os projetos

1.514 horas mensais de atividades

49 projetos diferenciados

Cerca de 6.000 crianças e adolescentes atendidos

26 escolas e espaços de apoio envolvidos